Pôster da novela "Pasión y Poder"
Divulgação: Televisa
No ultimo dia 5 de Outubro, estreou no México "Pasión y Poder". A produção de José Alberto Castro tinha uma grande responsabilidade: levantar a audiência deixada por "Lo Impredonable", novela que foi muito criticada e ficou aquém do esperado.
Logo na primeira cena, uma discussão de Eladio (Fernando Colunga) e Julia (Susana González) abre a novela, um grande impacto logo de cara, mas nas cenas seguintes olhamos para um Fernando Colunga que não estamos acostumados a ver e que causou estranhamento em muita gente. Sua atuação está caindo no exagero. Vemos um personagem sisudo demais, expressivo demais e muito pesado. Ele precisa se achar no personagem. Menos é mais.
Com relação à protagonista, darei o benefício da dúvida. Até o momento, gosto da atuação de Susana González, embora muita gente ache que a atriz não é convincente em papéis sofridos.
Jorge Salinas e Marlene Favela formam um bom casal, mas seus personagens Arturo e Nina não disseram a que vieram. Ainda não deixaram suas marcas na história.
Quanto aos atores jovens, destaco o trabalho da atriz Michelle Renaud. No meu ponto de vista, foi a única que se sobressaiu nos primeiros capítulos. Sua personagem Regina pode ser melhor aproveitada na trama.
"Pasión y Poder" foi uma novela feita a toque de caixa. Se comparamos com "Antes muerta que Lichita", atual novela das 8, vemos diferenças gigantescas desde a concepção, tempo de projeto e produto final. Embora a novela das 9 esteja ambientada no luxo, a produção de Rosy Ocampo se mostra infinitamente mais sofisticada que o principal produto do Canal de las Estrellas.
Os promocionais da trama estavam bem convidativos, mas tudo foi por água abaixo logo na estreia. Vimos uma sucessão de cenas, sem grandes movimentações ou algo que marcasse o telespectador. O final de um primeiro capítulo deve acabar de forma crucial, pois naquele momento fica o gancho para que o telespectador volte para o segundo capítulo. Mesmo sabendo desta regra básica, o capítulo acabou de forma apática, em um acidente de moto que não convenceu.
Como ponto de destaque, coloco a abertura da novela: Forte, grandiosa e de muito bom gosto. A música instrumental combina com as ilustrações e os gráficos muito bem escolhidos. O conjunto da obra retrata o caos, a disputa e a ambição desmedida em um mundo que anda em uma velocidade alucinante. Mais um belíssimo trabalho de Pedro Torres, que fez as aberturas de "Teresa", "La que no podía amar", "Corona de Lágrimas" e "La Malquerida", todas produções de José Alberto Castro.
"Pasión y Poder" estreou mas não cativou. Os números começaram altos e estão caindo semana a semana. Nos últimos dias a produção perdeu o posto de novela mais vista para as tramas das 8 (Antes muerta que Lichita), das 7 (A que no me dejas) e das 6 (La Vecina), ambas do Canal de las Estrellas.
O projeto aparentou ser interessante, mas a história se mostra arrastada e pouco atraente. Tudo indica que a novela passará por alguns ajustes e esperamos que ela entre nos trilhos. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.