Pôster da Telenovela "Señora Acero"
Divulgação: Telemundo
No dia 23 de Setembro, entrou no ar pela Telemundo a novela “Señora Acero” (Senhora Acero), marcando a estréia de Blanca Soto na emissora americana. A produção ambientada no México traz muita ação, perseguições, tiros e violência. Estes são alguns ingredientes característicos das “narconovelas”, um subgênero das novelas que está ganhando cada vez mais espaço. Suas histórias refletem a triste realidade de muitos países latino-americanos que convivem com o narcotráfico e a violência. Este tipo de produto surgiu em 2006, na Colômbia com a novela “Sin tetas no hay paraiso” contando a trajetória de uma adolescente que sonhava em se converter amante de um narcotraficante para ter uma vida de luxo. A partir daí, vieram outras e com cada vez mais sucesso.
Voltando à crítica, a novela começou mostrando a protagonista Sara (Blanca Soto) já dentro do mundo do crime, sendo encurralada pela polícia. Partindo deste fato, a história volta ao passado e conta o que fez Sara tornar-se uma mulher influente no mundo do tráfico. Ela vivia com Vicente Acero (Damián Alcázar), um homem de posses e muito respeitado na cidade. No dia de seu casamento, ele é sequestrado e executado por seus inimigos. Blanca Soto está se saindo muito bem. Acostumados a vê-la em papéis mais dóceis, Sara é uma personagem diferente de tudo o que a atriz já interpretou.
A novela tem uma narrativa dinâmica, muito parecida com as séries americanas. O visual da produção e as tomadas cinematográficas também impressionam. Às vezes, parece que não estamos vendo uma novela. Esta é uma marca registrada da Telemundo.
Os dois primeiros capítulos foram extremamente violentos, com direito a tentativa de estupro, tiroteios e até a mutilação de um bandido. Ao ver seu marido morto, Sara agarra um machado e decepa os dedos de Indio (Jorge Zárade). A tomada teve até uma câmera lenta para detalhar o golpe.
Quanto à audiência, a novela está indo muito bem. No entanto, é preocupante veicular um produto que poderia vender antivalores e fomentar a violência. A TV tem um grande poder de influência e dita tendências a todo o momento. É preciso muito cuidado ao desenhar o caminho desta história, pois a traficante pode virar heroína. É um status que não se pode pregar por aí. Por mais que Sara tenha tido diversos motivos para tornar-se uma criminosa, nada justificará suas atitudes. O crime não compensa e esperamos que esta lição seja ensinada.
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